EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS DO YOGA MINIMIZAM O ESTRESSE
Por profa. Thereza Murad Sudré
A vida nos apresenta cotidianamente situações as quais reagimos através de nosso mental com emoções positivas ou de estresse. Parece que atualmente nos falta tempo. Nossas obrigações se multiplicam diariamente e temos a sensação de desdobramento para tentar resolvê-las.
Mas um indivíduo, por definição, não pode ser dividido e, ao perceber sua fragmentação, na maioria das vezes ocorre o estresse. Estresse é a resposta do organismo a qualquer exigência. Ansiedade e tensão parecem ser as emoções mais comuns atualmente. As pessoas passam a vida em estado de choque e os nervos se destroçam.
O corpo é controlado pelos nervos e aí todo o sistema desmorona. O corpo reage aos menores impulsos da mente e o estado da mente é influenciado pelo estado do corpo. Como pessoas conscientes e sensíveis, sabemos da diferença entre a dor de uma mulher abandonada e uma queda rápida de temperatura. Mas, para o organismo – cérebro, tanto faz! A resposta do estresse é sempre a mesma.
Significa que precisamos nos adaptar a algo novo.
As reações do organismo disparam quando os sinais nervosos são enviados do cérebro para várias glândulas e estas reagem, secretando hormônios de modo a estar à altura da tarefa exigida. O corpo interpreta como estresse tudo aquilo que nós chamamos de tristeza, solidão, raiva hostilidade, medo. Durante o estresse, o cérebro faz com que as glândulas supra-renais liberem adrenalina, cortisol e norepinefrina, que inibem o sistema imunológico, ocasionando doenças. O que se passa na mente pode alterar a capacidade do corpo de reagir contra tudo, do resfriado ao câncer.
Emoções negativas geram doenças
Pesquisadores britânicos chegaram à conclusão que existe um elo entre emoções negativas e as doenças e, atitudes positivas e boa saúde. O medo, por exemplo é uma reação necessária e saudável ao perigo. Quando as pessoas exageram nas possibilidades ou nas consequências do perigo, entram em estresse negativo. Assim, estresse não é apenas preocupação e tensão, mas também tônica da vida com seus altos e baixos, exaltações e depressões. Um novo amor causa tanto estresse quanto um patrão rabugento! O truque é assegurar que o grau do estresse que age sobre a pessoa seja tal que lhe permita ter uma vida alegre.
A calma precisa ser cultivada
O oposto do estresse é a calma, mas a calma não entra em nossa vida assim, assim. E preciso ser cultivada, reciclada! Tudo que foi aprendido erradamente pode ser reaprendido de forma certa para driblar o estado negativo. Mas se a pessoa retomar sua vida normal e manter os mesmos padrões de comportamento, pensamento e trabalho e cultura, fica difícil sair do círculo vicioso.
Seja física ou emocional, a dor é a vida clamando por atenção. Ser feliz é muito difícil quando estamos doentes física ou mental. A mente deve estar relativamente feliz para sentir a felicidade, relativamente tranquila para descobrir tranquilidade, compreensiva para compreender, com paz, calma, amor para descobrir e sentir paz, calma e amor.
Nosso cérebro deve ser estimulado por pensamentos positivos para que lance endorfinas na corrente circulatória, substâncias químicas que provocam uma emoção: felicidade… A tensão nervosa começa nos centros visuais da mente. Quando estamos em alfa, o córtex cerebral não é atingido e não temos reações, pois entramos no sistema límbico, que contraia nossas emoções. Para entrar nesse sistema usamos nossos sentidos (no mínimo três deles: ver, ouvir, sentir, cheirar, tocar).
E para ter acesso a isso, basta tomar posse desses sentidos e o mais atuante é o da respiração. Regular a respiração, pois quando ela está sob controle, o coração fica em paz.
REFERÊNCIA:
SUDRÉ, Thereza Murad. Exercícios respiratórios do yoga minimizam o estresse. jul. 1998. p. 5.