ESPIRITUALIDADE JUDAICA

Nessa história o pobre e desmemoriado rabino, eleito pelo Mestre para contar suas histórias, Reb Shmuel, ao esquecer nos coloca – a todos – na maravilhosa situação de termos de ser generosos com as pessoas. Ele não estava merecendo nada, não estava entregando nada. Ao contrário... esquecido, estava se envergonhando de não honrar seu Mestre. Mas, como bom judeu, cumpre uma determinação fundamental do judaísmo: não desistir. No último momento se lembra de uma “historinha” e a conta fora do lugar, mas foi a sua lembrança e então foi sincero consigo e com os outros: partilhou.

O estilo rabínico de ensinar frequentemente tem o tom dessa história: nos surpreende mostrando outros aspectos além dos “Aparentes do aparente” que uma dada situação possui. Frequentemente nos embrenhamos em auto exigências dificílimas de cumprir e, no fundo e de verdade, só queríamos fazer o certo, progredir, ajudar a alguém ou evoluir.

Texto do Rabino Nilton Bonder sobre a perspectiva judaica, intricada e deslumbrante, dos níveis de análise do conhecimento possível ao homem. A pergunta que desfralda a realidade e sua essência é aqui apresentada como atitude. Uma leitura desafiadora que instiga a mais questionamentos e perguntas, do que respostas e obediências. O comentário associa com a importância dos níveis de análise na escuta psicoterapêutica.

Nesse comentário no Blog de Jairo Hidal nos surpreendemos positivamente com as fotos e referências literárias e sociais que nos fazem vislumbrar um rabino extremamente importante no século XX: Abraham Joshua Heschel. Este sobrevivente do Holocausto não tem medo de ser terno e defender princípios religiosos amistosos e tolerantes em relação aos diversas religiões do mundo.

Um pequeno e despretensioso texto sobre como um Rabino Joshua Heschel, que marchou ao lado de Martin Luther King, pode - ainda hoje - inspirar a aproximação interreligiosa.