Estude por estudar

ESTUDE, POR ESTUDAR (e as coisas de “decidir” ficam do tamanho mais apropriado!)

por Kathy Amorim Marcondes

A recompensa do estudo jaz em si mesmo

Confúcio

Sou uma velha educadora, literalmente, completamente literalmente. E o tempo não foi me transformando numa pessoa com mais certezas. Graças a Deus. Restaram poucas. E, agora, como continuo ativa profissionalmente, às vezes na função de psicoterapeuta, às vezes na de professora, frequentemente tenho de lidar com minhas “poucas certezas” ao ser confrontada com a questão do que “fazer” como faculdade ou em que “trabalhar” no futuro. Aos que procuram “orientação vocacional” ou “profissional” eu faço o reencaminhamento mais correto. Alguns alunos e pacientes, mais gentis, insistem: “mas, e você, o que pensa?”. É um pouco longa resposta… mas, aqui estão, algumas de minhas poucas certezas…

Observo a “loucura” anual da formação dos jovens talentos para o ENEM, Vestibulares específicos, Programas Internacionais ou tudo isso junto: de repente começa a temporada “O que fazer?”. Parece mesmo uma Temporada de Caça: pais e filhos, alunos e orientadores atrás da resposta certa, de uma escolha definitiva que vai determinar “tudo”… tem o feitio de escolher uma tatuagem. A continuidade da formação educacional de uma pessoa, no momento planetário que vivemos, não me parece ser algo se deva ser tomado como uma caçada: com esse espírito agressivo e bélico visando o lucro da caça; nem com o espírito “permanente” de uma tatuagem… Jovens são jovens e o mundo é o mundo. Vive mudando. Atentemos à essa frase banal: o mundo vive mudando. A vida é mudança. Então… vamos “calmar” aqui… antes de sair na caçada a escolha “certa e definitiva para sempre, amém”.

Velhas frases, de velhos sábios, continuam existindo porque nos guiam, há muito. Acima a “recompensa do estudo”, para o velho sábio chinês, continua sábia: “jaz em si mesma”. A proposição aqui levantada é a de que o percurso vale por si mesmo! Em outro formato lindo: “Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar”, do poeta Antônio Machado, refletimos a mesma proposição.

Essas verdades simples muitas vezes são olvidadas justo quando se vai pensar esse grande Ritual de Passagem que é sair do Ensino Médio e entrar na primeira etapa de estudos em que se privilegia uma escolha inicial, elementar, decisão tomada por “gosto”, um risco assumido de “tentar” aquilo que se “optou” por fazer. Há uma beleza comovente neste momento!! Um desdobramento a iniciar-se e adulto nenhum deve, realmente, ficar mais desesperado que esperançado ao poder experimentar esse momento acontecendo a um jovem que a vida lhe pôs no caminho. Ali está um começo, um início e não um FIM em si mesmo! Se os jovens pudessem somar às suas próprias dúvidas e incertezas a percepção de confiança e tranquilidade naqueles que lhes procederam ou educam… talvez ficassem mais tranquilos e aproveitassem para apreciar esse momento. Para celebrar esse rito de passagem para outra fase de sua vida! Muito do que fez e foi ficará para traz, muito do que esse jovem fez e foi continuará consigo… transformando… na sua caminhada.

Quando reforçamos esse momento como “a” competição ou “a” aposta final os jovens são (não tão sutilmente) levados a pensar que devem “apenas” vencer e que são “melhores” ou no mínimo “mais afortunados” os que têm certeza. Discordo. É uma benção mesmo “saber” o que se quer fazer e o que se pode fazer (e a diferença entre isso) em tão tenra idade. Mas, não é fundamental. As dúvidas, a ambivalência jovial, as incertezas frente a imensa quantidade de caminhos possíveis e surpresas da estrada, a falta de segurança em si mesmo como um sujeito de escolhas definitivas para seu futuro… tudo isso é  absolutamente normal e construtivo. Saber disso nos abençoa, a todos, com a necessidade de ter maior tolerância por essa condição existencial de corrermos riscos, de não termos “certificados de garantia” para coisas fundamentais. Vivemos todos assim. E alguns adultos parecem falar com os jovens como se eles mesmos tivessem tido certeza sempre ou acertado sempre. E não foi assim!!! Quanto das melhores coisas de nossa vida profissional não vieram por acaso, por improviso, por decorrência de um erro ou de um mal entendido que se tornou, depois, um caminho ou uma porta? Quantas de nossas certezas, previsões profissionais e financeiras se concretizaram sem mudanças desde essa tenra idade? Então… partilhar isso – essa processualidade que é a vida – com os jovens, permite que eles partilhem CONSIGO MESMOS as dúvidas e possibilidades que têm… sem querer desesperadamente acertar… com tamanha ansiedade e, com isso, gerando um  “escolher” rápido demais… que não escolhe mesmo e, às vezes, nem chega a ser uma boa “adaptação” às circunstâncias. Jovens apressados demais escolhem para agradar aos mandamentos de interesses sociais e familiares dizendo (ingenuamente) que eles mesmos são os interessados no “dinheiro”, por exemplo. Serão mesmo? Já cedo assim Dr. Fausto? Será que sabem mesmo o que significa tudo o que sacrificarão de suas vidas interiores por “dinheiro”? Sabem do que estão falando? Acho que não! Escolhem rápido e baseado na pouca experiência de se apaixonar por estudar, por dedicar-se a algo que faça pleno sentido, simultaneamente, para si e para o mundo. Jovens costumam saber mais de consumir do que de considerar (com exceções raras e lindas, jovens bem educados para serem eles mesmos, e não terem pressa ao considerar o que fazer). “Rápido”… jovens comem ainda cru. A eles, os que realmente têm a preciocidade do “tempo de vida”, não caberia a ansiedade de decidir rapidamente, aos jovens cabe o privilégio de ponderar e… depois de ponderar… prosseguir… com a margem de manobra e de incertezas tão ponderadas quanto a margem de manobra e de incertezas que ponderamos ao atravessar uma avenida movimentada de carros. Calma. Olhar atento.

Me preocupa o “estudar” como moeda de troca para “passar” na frente, para ter vantagem comercial. Quem estuda muito para essa caçada ao tesouro, se vence, pode ficar com a impressão de que tem de ali permanecer, afinal é “investimento”, não pode ser perdido. Quem tenta estudar e não consegue o suficiente para o que “dizem” ser necessário e, por “acaso”, vence, pode ficar com a impressão de que a luta profissional e da realização pessoal no fundo é mais fácil do que previram. Quem tenta estudar e não consegue o suficiente para o que “dizem” ser necessário e não vence, pode ficar com a impressão de que não tem aptidão mesmo para conquistar coisas importantes para sim.

Para os alunos que já sabem e para os que ainda não sabem, para os que estão se dedicando duro para ter mais chances de escolher e para aqueles que se dedicam menos do que tem a potencialidade de o fazer, para os pais agoniados por não saberem como seus filhos serão “felizes” e para os pais que tem total certeza de saber o que faria os seus filhos “felizes”, para todos nós: calma.

Calma! A recompensa do bom estudo, do aprender as regras e as ciências em jogo no nosso momento civilizatório (de tamanhas e tremendas mudanças, rapidíssimas) jaz em si mesma. Não há equivalência ao gosto por aprender!!

É um dos mais importantes aprendizados de toda a vida o reconhecimento da recompensa interna de aprender, de se reconhecer um ser que aprende, que se transforma, que incorpora e amplia, que compreende e – por isso – cria e a valoriza a criatividade mãe de todas as ciências e saberes de que dispomos. Com calma podemos ampliar a percepção do aumento de nosso território interior pelo simples fato de termos estudado, de termos nos aberto ao que nosso cérebro foi feito para fazer de melhor: aprender. O fruto do estudo é, principalmente, aprender sobre estudar! Fazer as conexões óbvias e as sutis com tudo que rege a trajetória percorrida por aquele conhecimento até a minha pessoa, naquele momento de vida, é um processo belíssimo! Compreender como algumas práticas e habilidades pessoais se relacionam com os resultados de alguns acontecimentos de nossas vidas, é um processo belíssimo!!

Estudar vale por si mesmo, antes de tudo, como condição sine qua non para se pensar tudo ou qualquer coisa, que venha no “depois”. Toda a ciência e toda arte será melhor e mais bem apreciada se um jovem se detiver no entendimento do processo de estudar – escolher – ampliar a si mesmo e a seu mundo. Todas as oportunidades de qualificação profissional, todas as dificuldades no caminho da formação, todos os perrengues imediatos, todas as chances que surgirem… tudo… é melhor manejado por quem sabe aprender com as circunstâncias e usar os estudos já realizados nos fatores envolvidos naquele acontecimento. Estudar é aprender a ver e pensar. Decidir o que se vai estudar é um momento fantástico!! Privilegiadíssimo!!

Calma.

Acredito que é falsa e perigosa a impressão de alguns jovens e até adultos quando vêm que estudar é sempre e só uma condição de TROCA, como se estudássemos só para ganhar alguma coisa, como um meio, não como um fim em si mesmo. É triste que a escolarização tão frequentemente não tenha permitido a um aluno conhecer o gosto e o prazer de aprender e, assim, sem isso, os alunos estudaram unicamente para se livrar daquele “professor” com uma “nota” de “avaliação” que lhes permitissem seguir, não ficarem retidos, apenas para não “repetirem” outra vez e de forma novamente chata, exatamente, aquilo que o professor queria que eles dissessem para “passar”. Quem fez muita “prova para passar”, assim… às vezes perdeu o gosto de estudar… e cumpriu os anos letivos como uma obrigação, apenas. Mais tarde, na vida, lembrarão mais da personalidade de seus colegas e professores do que das disciplinas e conteúdos a que foram submetidos.

Claro que estudar é útil, mas isso ainda é pouco frente ao que é possível ser e viver quando se estuda por estudar, pelo prazer de aprender a ser. É falsa a impressão de que o estudo é sempre chato, pesado, aborrecido, tedioso e moeda de troca. Aqueles que, inclusive, construíram a ciência (essa democrática conquista humana onde NINGUÉM jamais tem a última palavra, e todos se ajudam construindo pouco a pouco o fundamento que será usado pelos que virão), enfim, os cientistas que desenvolveram aquilo que estudamos, justamente os “donos provisórios” daquelas descobertas, quase que unanimemente amavam o que faziam. A sua dedicação e o seu empenho vieram desse amor, que cria e entrega para o mundo. Aliás, só descobriram o que hoje “estudamos” por que, de tão apaixonados, avançavam do que já estava dado e descobriam mais. Inventaram mundos. Aplicar um conhecimento e torná-lo um fato, um produto, um processo é uma relação de respeito a tantos que pensaram antes de nós, nos entregaram, e daí podemos profissionalmente, aplicar o conhecimento, fazer valer os imensos sacrifícios e o longo caminho para se construir sabedoria.

É perigoso ensinar a uma geração jovem que é bobo “estudar por estudar” por que tal postura leva à estagnação da imensa capacidade crítica – que gera o discernimento das novas alternativas – que só uma nova geração apresenta à antiga geração que lhe precede! Frequentemente nossos jovens cansam-se de estudar justamente no momento em que mais “precisam” fazê-lo, porque os educadores de casa e das escolas “esqueceram” de defender, demonstrar, exemplificar, desenvolver e trabalhar essa fantástica antiga e sábia ideia: “A recompensa do estudo jaz em si mesmo”.

Sim, sim. Estudar é receber de presente, de bandeja, mastigado e didatizado centenas de milhares de horas de estudo de outros homens e mulheres antes de nós. Os nossos jovens têm o direito de descobrir que têm o direito de ter acesso ao conhecimento adquirido. Estudá-lo. Estudar é esse privilégio materializado. Seguindo esse raciocínio os filmes e séries que apresentam a biografia e o percurso dos grandes vultos da ciência, longe de serem material somente de entretenimento, são informações valiosíssimas nas salas de aula do mundo todo. Se essas lições biográficas e históricas fossem dadas par a par com o que se estuda do conhecimento produzido pelos grandes pensadores da humanidade, ou seja, se na hora em que os conhecimentos que se tornaram escolares fossem assim apresentados aos jovens, no contexto de suas incertezas históricas… então… na hora da saída do Ensino Médio… teríamos, na minha opinião, menos jovens desesperados, perdidos, confusos, sem auto confiança para a tomada de decisão do próximo passo de sua vida. Talvez, acredito eu, esses jovens já chegassem para este momento com uma percepção mais real da importância desse Ritual de Passagem: descortina-se ali uma primeira escolha, o caminho é longo!! Calma!! Cada jovem pende mais para algo que quer conhecer ou para o que já domina de conhecimento… cada jovem aceita um grau de risco, de liberdade, de desafio, de limites, de disciplina diferente do outro jovem… cada jovem toma, então, sua decisão como pode. Não é o fim do mundo. Não é uma tatuagem. Não é puramente uma competição. Optar por estudos de nível superior, neste primeiro momento da vida adulta é uma porta! Uma possibilidade! Uma entrada! Um momento que antecede a outros, muitos outros… somente muitas tomadas de decisões depois, verdadeiramente, centenas de milhares de pequenas tomadas de decisões depois… haverá um caminho profissional…

Para continuar nas minhas velhas frases inspiradoras, lá vai outra: “A realização jaz na prática” atribuída ao Senhor Budha Gautama. Aqui a tradição reflexiva nos faz pensar que o que, efetivamente, confere realização a prática do estudo é a sua prática. O hábito de abrir-se ao que está posto como experiência de saber e cultura acumulada da humanidade, e – para tanto –, deter-se no percurso de aquisição deste conhecimento (acompanhando suas fases, exercitando suas aplicações e organizando sínteses que possam ser reutilizadas e multiplicadas posteriormente como aprendizagem transposta), toda essa “prática” disciplinada do estudar realiza a apropriação do que significa estudar. Quem treina essa forma de apropriação do saber acumulado durante muitos anos, chega ao Ensino Médio muito mais preparado para o Rito de Passagem. Quem estudou bem e profundamente já sabe e quem não o fez terá de aprender: não se fica “bom” em alguma coisa sem um percurso. E todo percurso pode conter obstáculos, voltas, avanços e retrocessos.  Tudo isso é normal. De estudantes mais “passivos” na escolha dos conteúdos selecionados pela cultura, agora, terminando o Ensino Médio vem a prática dessa coragem honrosa: discernir, escolher, apostar e dedicar-se… com algum grau de certeza. Não com toda ela.

Os jovens e muitos de nós adultos, somos bons, muito bons mesmo, de discurso sobre as coisas. Opiniões ferozes. Se for para falar, falamos muito! Não há um barzinho ou praia onde, reunidos com amigos, não estejam previstas todas as mudanças necessárias para nosso país e para o mundo ser um lugar bem melhor. Discurso nunca falta nem jamais faltou sobre o que “deveria” ser feito e “eles” não fazem. Sobre quem é “bom” e quem devia se “retirar”. Porém, colocar em prática, implementar no microcosmo onde participamos desse mundo, as coisas tão certas sobre as quais discorremos… isso já é um outro lado da moeda do discurso. Este lado costuma ser menos visto. Entretanto, só a prática TESTA verdadeiramente o VALOR daquilo sobre o qual discursamos. Levando esse raciocínio por sobre o valor de estudar, penso que só a prática de estudar para compreender dá-nos a saber o valor, o custo e o benefício de um conhecimento. Numa sociedade onde se encontra de quase tudo numa farmácia ou num supermercado não é tão simples para um jovem que nasce imerso neste mundo descartável e comprável, aquilatar o esforço, a dureza da jornada de produzir alguma coisa. Se até os próprios professores e as escolas são muitas vezes vistos como ferramentas de incrementação do tempo das crianças e jovens, mero serviçais para “aquisição” de conteúdo para a Temporada de Caça, e não como os importantíssimos transmissores do conhecimento acumulado de uma civilização inteira, àqueles de quem temos a honra de receber pedagogicamente organizado um modo de pensar a natureza cientificamente, os saberes esteticamente e as dúvidas filosoficamente, então… na prática… na hora das decisões de caráter mais seletivo de nossos jovens… quando vão dar seus primeiros (e não últimos!!!) passos na colaboração com a sociedade da qual participam… então… jovens de uma sociedade onde professores não são mestres… podem se sentir, na prática, muito sem condições pessoais de enfrentar uma escolha, com algum risco, e muito caminho pela frente…

A humanidade demorou milênios para chegar até aqui… Um conhecimento do qual desfrutamos é o atual degrau de muitos alcançados… Se não conseguirmos ensinar para nossas gerações futuras que aquilo do que podem desfrutar de conhecimento escolar merece nosso maior respeito (e não há respeitabilidade apenas para os de salários profissionais altíssimos), na prática onde realizamos nosso caminho, na hora das primeiras escolhas “profissionalizantes”… então o jovem pode não ver claramente onde ele (sua vida e sua escolha) pode fazer sentido nestes tempos e no seu coração, principalmente. A pessoa que se imagina realizando alguma coisa valiosa, experimenta uma satisfação de alcançar aquela realização. Isso serve para qualquer área de conhecimento ou serviço. Mas… se tudo se torna uma questão de disputa e caça… muitos de nossos melhores gênios nas mais diferentes áreas do saber e do conhecimento se perderão na fila dos “perdedores” da Temporada de Caça. Devemos ajudar nossas gerações jovens a valorizar nosso patrimônio cultural, social, histórico, mítico, artístico, religioso, filosófico, científico, tecnológico e financeiro. Há um universo de coisas a serem conhecidas, exercidas, amadas e através das quais podemos realizar, na prática, nossa sensação de sucesso e realização para nossa vida.

Estudar por estudar pode ser prazeroso e necessário. Estudar é a aventura para a descoberta orgulhosa de nosso pertencimento a uma espécie racional e que se impõe, sempre, novos horizontes e desafios. Ao mesmo tempo… pensemos… ninguém vive essa “espécie” em abstrato. Cada um é um conjunto onde as emoções, estética, jeitos, idiossincrasias, pensamentos, dúvidas, aspirações e experiências subjetivas se sobrepõem diariamente a toda a racionalidade do homo sapiens sapiens que somos. É na nossa vida vivida que reconhecemos nosso lugar, pessoal. Vivenciamos nossa própria e única forma de estar aqui, entre os outros. Aqui podemos fazer uma correlação: entre o momento de nossa escolha profissional como o lugar de nosso próprio encontro e nossa participação na comunidade humana, entre o micro e o macro, entre empregabilidade e satisfação pessoal, entre ciência e arte, entre pessoal e coletivo, entre processo e resultado, entre fase e destino.

Na minha experiência quando os jovens são incentivados a pensarem em suas escolhas com o maior acesso possível à INFORMAÇÕES relativas às suas possíveis escolhas  +  a maior consideração possível de sua própria individualidade, criatividade e singularidade, temos os melhores resultados práticos de preparação e escolhas “profissionais” para depois do Ensino Médio. A faculdade que se sucederá é vista como outro longo e lindo percurso de aprender, de estudar, de descobrir onde e como se vai contribuir para o mundo que virá.

Estudar realiza e tem sua honorabilidade intrínseca. Descobrir isso acalma e nos orienta melhor. Nunca se “perde” completamente nosso tempo estudando seja lá o que for, com profundidade e coerência!! Há sempre o que aprender e honrar em qualquer coisa que se estude. Mesmo que provisoriamente. Isso porque estudar é desafiante, instigador, um direito, mais que um dever. Estudando, podemos nos sentir e perceber humanos, profundamente humanos, num mundo humano – provisório e perfectível. Não perfeito. Não há perfeição no mundo real. Há um mundo e seus desdobramentos.

A recompensa do estudo jazer em si mesma é uma pequena citação, porém muito instigante. Tempera. Acalma. Permite os erros. Permite acertos. Permite dúvidas. Incentiva antecipar nossa evolução pessoal seja lá o caminho no qual sigamos sendo nossa melhor versão de nós mesmos, sem papo furado de discurso, mas na prática. A gente deve estudar por estudar. E, assim, usufruir e deixar as coisas, todas, em sua claridade, não confusa. Não se estuda para caçar um salário. Se estuda como direito de espécie, se estuda para se honrar o que já foi feito e para descobrir onde nós levaremos, ainda mais a frente, as coisas que elegermos escolher, investir, cooperar, participar, dispensar nosso precioso tempo e nossa preciosa criatividade, nessa vida…

Minha versão curta da resposta pedida: “mas, e você, o que pensa?”, é: “Seja onde for, esteja lá, aberto e compreensivo, consigo mesmo!! Faça-se boa companhia!! Boa!! Nas dúvidas e nas escolhas: estude e aprenda. Estude por estudar! Isso é grandioso, decidindo você estudar o que você decidir!”

REFERÊNCIA:

MARCONDES, Kathy Amorim. Estude por estudar. Disponível em: https://kathymarcondes.com.br/psi/solucao/inventividade-e-criacao/estude-por-estudar/. Acesso em: …