Aqui todos nós, adultos e crianças, embarcamos num vídeo sobre um livro genial em sua ousadia de elaborar as possíveis cartas de Kafka na forma de um texto literário. “Kafka e a boneca viajante” de Jorge Sierra I Fabra fala do consolo que os símbolos nos permitem materializar na noss vida. Com as defesas abaixadas pelo fato do livro relatar personagens impossíveis de serem associados diretamente ao leitor, os novos pontos de vista sobre as “razões” e “dinâmicas” que se desconhecidas nos levam ao desconsolo total, são evidenciados e vivenciados através dessa leitura, imperdível!

Embora seja um texto de um pai para uma filha, o livro “A menina e o pássaro encantado” é literatura riquíssima em reflexões para o amor romântico ferido de morte. Os grandes problemas amorosos, em qualquer forma de amar, envolvem a dor que a necessidade da posse e a sensação de perda da posse trazem ao coração humano. Neste vídeo a reflexão sobre as próprias limitações impostas a quem coloca limitações na liberdade alheia é discutido com total demonstração da fragilidade de nossos conceitos de amor e posse. Posse de si mesmo, sobretudo.

Apresentando “Meu querido abismo” de Raphael Ganc e “A raiva” de Bladina Franco e José Carlos Lollo como livros de primorosa concepção imagética e textual, esse vídeo apresenta a força da criatividade que nasce no inconsciente humano. As poderosas mensagens destes livros, a profundidade do inconsciente e a sabedoria das emoções que explodem para se tornarem visíveis, respectivamente, são avaliadas como oportunidades de elaboração emocional importantíssimas, trazidas por essas leituras.

“Eu fico em silêncio” de David Ouimet é apresentado como texto literário composto com ilustração absolutamente implicada na comunicação textual; aqui palavras e imagens se mostram autênticas e vigorosas. Valorizando as crianças e pessoas poderosas mental e emocionalmente, mas não “barulhentas” e sim silenciosas, o livro amplia o universo do leitor para além do barulho supostamente “produtivo” e convencional do mundo moderno.

Apresentando os livros: “A família mobília” de Tatiana Blass e “As maravilhas que você vai ser” de Emily Winfeld Martin este vídeo mostra claramente como certos livros infantis, totalmente ilustrados para as crianças, podem ser verdadeiros recados para os adultos acerca da importância da experiência familiar na modulação e estruturação psicológica de suas crianças. Modernos e arrojados esses livros são, além de belíssimos, fontes de aprendizado para o mediador da leitura infantil e também para a criança presenteada.

O livro de pequenos escritos, magistralmente escritos por Eliane Brum, é partilhado nesse vídeo e indicado como leitura para adultos se enternecerem. Trazendo à luz várias personagens simples do cotidiano brasileiro, a autora revela na delicadeza das fotografias-por-palavras que faz, a força da integridade humana, sua beleza e esplendor. A leitura emocionada, emociona e convida a ler.

A metáfora da tecelagem, que é antiga e completamente polissêmica, nesse vídeo é usada para clarificar a potência de ressignificação que aparece nos momentos extremos das dificuldades amorosas. O amor é trabalhado como energia criativa e potente, inclusive quando a dor amorosa traz a necessidade de revermos o que é amor-que-dói. Será amor? Será um ainda-não-amor por nós mesmos, já que o “verdadeiro” amor é leve, atemporal e não ocupa espaço? O que dói no amar?

Para o próprio desfrute ou como presente refinado para alguém o livro “Alma perdida” será uma viagem imagética onde o texto não é apenas a palavra escrita, mas – igualmente veemente – a ilustração dessa obra ímpar! Recebendo o diagnóstico de uma “doutora” a personagem central da obra, um homem que esquece o próprio nome, é uma metáfora quase-perfeita dos tempos modernos onde a aceleração do trabalho nos desconecta do objetivo maior da existência humana.

Podem se encontrar representados nesta obra: os criativos, os depressivos, os nerds ou os místicos... todos podem embarcar na proficuidade do livro “Vazio” de Ana Llenas. Neste vídeo comentamos como a polissemia de um bom símbolo pode levar a repercussões terapêuticas e/ou inovadoras em nossas vidas; o livro evidencia com humor e beleza a potência de um vazio!

O livro de Andrea Pizarro Clemo é a base do comentário sobre aposentadoria, perda de posições ou conquistas e ocasiões em que reinvenções de nosso cotidiano são necessárias. O dispositivo da criança interior e sua inventividade são apresentados nesta obra de forma absolutamente lúdica. Mas o texto encerra, ainda, um vigor nas palavras incomparável, encantador e comovente.